Terminei minha última postagem
citando passagens da música "Tocando em Frente", do Renato Teixeira e
do Almir Sater. Retomando-a, se não me sinto mais feliz (ou até me sinta, quem
sabe), certamente "hoje me sinto mais forte". Considerando que há um
ano atrás, nesses mesmos primeiros dias de julho, cheguei a achar que não havia
luz ao final do túnel, embora ainda me considere perdido na escuridão desse
mesmo túnel da vida, aprendi que a luz não precisa estar apenas no fim, mas no
próprio caminho, luz emitida por pessoas que passam e pelas que são
companheiras de jornada. Bem aventuradas porém são aquelas pessoas que nos
ensinam a enxergar nossa própria luz, que nos encontram com menos de dez por
cento de nosso potencial e nos ajudam a multiplicar essa força interior que a
psicologia chama de anima. Uma vez
que a tenhamos encontrado, que tenhamos percebido que a fonte geradora dessa
luz está dentro de nós mesmos, não há como se esquecer disso mesmo diante de
uma aparente escuridão, pois "cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
de ser feliz".
Antes, fazia distinção entre "viver"
e "sobreviver", como se o segundo fosse necessariamente negativo.
Pode ser que sim, mas também pode ser que não. Maslow em sua teoria da
hierarquia das necessidades para explicar a motivação, já mencionava que é
preciso suprir as necessidades mais básicas antes de aspirar necessidades mais
elevadas. Embora isso não seja um caminho único, certamente é um caminho lógico
ou ao menos um caminho possível. Antes de desejar sonhos maiores, antes de
almejar viver intensamente, pode ser preciso sobreviver. Sobreviver às
adversidades, sobreviver às próprias limitações, sobreviver à escuridão. Pois
são as adversidades que nos ensinam a viver a intensidade. São as limitações
que nos ensinam a viver todo nosso potencial. E como diria outra música,
"não haveria luz se não fosse a escuridão".
Assim, hoje voltei a fazer yoga,
aprendendo a me manter firme mesmo nas posturas mais desconfortáveis, a
respirar lenta e profundamente, e a relaxar ante toda a tensão do mundo.
Resolvi tornar a buscar a sincronicidade e pouco antes da sessão da yoga, folheei
uma revista onde três matérias em sequência falavam,
"coincidentemente", de três aspectos de minha vida que eu já havia
notado que precisava mudar: aprender a dizer não, ter um pouco mais de
autodisciplina e melhorar minha alimentação. Se minha vida fosse um "Show
de Truman" as câmeras teriam captado em close a minha cara estupefata
diante desta sincronicidade pessoal. Pode ser até que não diga nada para a
grande maioria das pessoas, mas disse muito, em alto e bom tom, para mim. Isso
foi antes da yoga. Depois, enquanto dirigia para casa, me deparei com ela
olhando intensamente para mim. Sim, ela, a lua. Estava cheia e bela como
sempre, com seu olhar de pesquisadora, um tanto quanto distante, mas era ela
ainda, a mesma que me contou tantas histórias e que me prometeu contar tantas
outras e que me comprometi a escrever sobre elas aqui (para quem não entendeu
essa última referência, sugiro dar uma lida na postagem No Mundo da Lua).
A lua me disse então, que está na
hora de colocar em texto algumas das histórias que ela me contou, nem tanto
porque as histórias precisam ser contadas, mas porque eu preciso contar
histórias e me pediu que eu fosse disciplinado ao fazer isso. De modo que a
prometi que a cada lua cheia eu escreveria sobre um novo "conto da
lua". Contudo, uma exceção para a primeira das histórias, pois é uma
história especial e será postada aqui somente no meio do mês, para comemorar o
aniversário de uma data de muitas décadas atrás. Naquela data, era lua cheia!
Então o conto da lua cheia desse mês de julho será um conto de lua cheia de
décadas atrás. Nos meses seguintes, se minha autodisciplina planejada
funcionar, a cada nova lua cheia postarei um novo conto da lua, histórias de
pessoas que a lua acompanhava, por vezes antes mesmo dessas pessoas se
conhecerem.
That´s it, dear blogger. So happy to hear that. I´m looking forward to it as a disciplined reader. Every full moon. Anima.
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