Ontem, recebi uma meditação
escrita pelo Osho que, em resumo, falava do sorriso, da alegria como uma forma
de oração, ou mais ainda, como "a" forma de oração. A mensagem dizia
que devemos ser alegres e não tristes. Vinicius em consonância poetizava que
"é melhor ser alegre, que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe,
é assim como a luz no coração". Creio que eles devem ter razão.
Não quero defender aqui risos forçados, ou escrever um daqueles enunciados a la obras de auto ajuda (que "autoajudam" o autor a ficar rico) que defendem o "sorria sempre!" Não quero mesmo chegar a esse extremo, pois em diversos momentos de nossa vida não há como soltar esse sorriso, ou até haja, mas somos fracos demais para encarar a força de um sorriso.
A questão é que (e pode
experimentar) o sorriso sempre melhora a situação. Até aqueles sorrisos falsos
que damos às pessoas sem graça ou inconvenientes, melhoram a situação. Ao menos
aliviam um pouco a tensão. Quando
estiver num momento triste faça a seguinte experiência. Sorria um pouco, ainda
que forçadamente, e perceba o que acontece em seu corpo. Fechar os olhos ajuda
na percepção, creio eu. Aí, na sequência, tente franzir o rosto, ou chorar, ou
ficar irritado (de certo será bem mais fácil ter essa reação). Aí observe
novamente seu corpo. Bem, todas as vezes que eu tentei isso, o corpo parecia um
pouco mais leve na hora do sorriso e bem mais pesado na hora da tristeza.
Acontece que na caminhada, levar
um corpo mais leve nos ajuda a caminhar por mais tempo, o que não significa
dizer que será por muito mais tempo. Um corpo mais leve cansa menos, o que não
significa dizer que não será cansativo. Um corpo mais leve é mais fácil de ser
amparado pelos outros quando nos tornamos um peso na vida de alguém. E sempre
somos pesos na vida de alguém; e sempre temos que carregar pesos em nossas
vidas.
Se há uma imagem que sempre vou
levar de meus pais, é a de meu pai fazendo minha mãe sorrir. Ele foi sempre a
única pessoa que conseguia fazê-la sorrir quando queria. Ela sempre muito
séria, por vezes não achava graça em muitas coisas, algumas bobagens em sua
maioria vemos hoje, mas meu pai sempre dava um jeito de aliviar tudo com uma de
suas palhaçadas, caretas, gestos, piadas, conversas... E tudo ficava melhor quando ele fazia isso,
por vezes caíamos todos numa grande e gostosa gargalhada que terapeuticamente
nos fazia esquecer, ainda que por alguns segundos (e alguns segundos já são
muito!) dos nossos problemas.
Quantas vezes, passado o
problema, não acabamos rindo do que aconteceu? Uma prova difícil na escola, uma
discussão com alguém que se ama, um ônibus que queimou a parada, um vendedor
que não nos atendeu bem e tantas outras nossas histórias do dia-a-dia que,
passadas, passam a fazer parte do nosso repertório particular de histórias a
serem contadas no bar da esquina, na reunião com os amigos, na conversa a dois.
Então, por que mesmo, não rir logo, não rir já no momento? Rir de si mesmo, vi
numa reportagem anos atrás, é de uma importância enorme para a nossa saúde,
afirmava um psicólogo. Se é pra sorrir, me lembrei de uma frase (a autoria me é
desconhecida) que nos pede para não levar a vida à sério demais, já que não
vamos escapar vivos dela mesmo.
Então: sorria! Você não perde nada
com isso e talvez até ganhe. E pra quem for muito chato e disser que você pode
até perder a amizade de uma pessoa se sorrir na hora errada, talvez o ganho
seja ainda maior, pois é melhor não ser amigo de alguém que não suporta o seu
sorriso. Infelizmente, a vida está cheia de gente assim, que não sorri, e que
não suporta nosso sorriso. Olha, dá até pra sorrir disso... kkkkkk....
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