sexta-feira, 1 de março de 2013

SORRIA!



Ontem, recebi uma meditação escrita pelo Osho que, em resumo, falava do sorriso, da alegria como uma forma de oração, ou mais ainda, como "a" forma de oração. A mensagem dizia que devemos ser alegres e não tristes. Vinicius em consonância poetizava que "é melhor ser alegre, que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração". Creio que eles devem ter razão.

Não quero defender aqui risos forçados, ou escrever um daqueles enunciados a la obras de auto ajuda (que "autoajudam" o autor a ficar rico) que defendem o "sorria sempre!" Não quero mesmo chegar a esse extremo, pois em diversos momentos de nossa vida não há como soltar esse sorriso, ou até haja, mas somos fracos demais para encarar a força de um sorriso.

A questão é que (e pode experimentar) o sorriso sempre melhora a situação. Até aqueles sorrisos falsos que damos às pessoas sem graça ou inconvenientes, melhoram a situação. Ao menos aliviam um pouco a tensão.  Quando estiver num momento triste faça a seguinte experiência. Sorria um pouco, ainda que forçadamente, e perceba o que acontece em seu corpo. Fechar os olhos ajuda na percepção, creio eu. Aí, na sequência, tente franzir o rosto, ou chorar, ou ficar irritado (de certo será bem mais fácil ter essa reação). Aí observe novamente seu corpo. Bem, todas as vezes que eu tentei isso, o corpo parecia um pouco mais leve na hora do sorriso e bem mais pesado na hora da tristeza.

Acontece que na caminhada, levar um corpo mais leve nos ajuda a caminhar por mais tempo, o que não significa dizer que será por muito mais tempo. Um corpo mais leve cansa menos, o que não significa dizer que não será cansativo. Um corpo mais leve é mais fácil de ser amparado pelos outros quando nos tornamos um peso na vida de alguém. E sempre somos pesos na vida de alguém; e sempre temos que carregar pesos em nossas vidas.

Se há uma imagem que sempre vou levar de meus pais, é a de meu pai fazendo minha mãe sorrir. Ele foi sempre a única pessoa que conseguia fazê-la sorrir quando queria. Ela sempre muito séria, por vezes não achava graça em muitas coisas, algumas bobagens em sua maioria vemos hoje, mas meu pai sempre dava um jeito de aliviar tudo com uma de suas palhaçadas, caretas, gestos, piadas, conversas...  E tudo ficava melhor quando ele fazia isso, por vezes caíamos todos numa grande e gostosa gargalhada que terapeuticamente nos fazia esquecer, ainda que por alguns segundos (e alguns segundos já são muito!) dos nossos problemas.

Quantas vezes, passado o problema, não acabamos rindo do que aconteceu? Uma prova difícil na escola, uma discussão com alguém que se ama, um ônibus que queimou a parada, um vendedor que não nos atendeu bem e tantas outras nossas histórias do dia-a-dia que, passadas, passam a fazer parte do nosso repertório particular de histórias a serem contadas no bar da esquina, na reunião com os amigos, na conversa a dois. Então, por que mesmo, não rir logo, não rir já no momento? Rir de si mesmo, vi numa reportagem anos atrás, é de uma importância enorme para a nossa saúde, afirmava um psicólogo. Se é pra sorrir, me lembrei de uma frase (a autoria me é desconhecida) que nos pede para não levar a vida à sério demais, já que não vamos escapar vivos dela mesmo.

Então: sorria! Você não perde nada com isso e talvez até ganhe. E pra quem for muito chato e disser que você pode até perder a amizade de uma pessoa se sorrir na hora errada, talvez o ganho seja ainda maior, pois é melhor não ser amigo de alguém que não suporta o seu sorriso. Infelizmente, a vida está cheia de gente assim, que não sorri, e que não suporta nosso sorriso. Olha, dá até pra sorrir disso... kkkkkk....

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