Muito tempo se passou desde a última vez que escrevi neste
blog. Passaram-se também muitos acontecimentos que poderiam ter aqui ficado
registrado, porém não foram, e se assim aconteceu, foi o melhor que poderia ter
acontecido.
Mas hoje é diferente, é preciso escrever. Para alguém que,
certo dia, passou a conversar com a lua, que aprendeu a admirá-la e que a teve
como confessora de suas ideias, aquelas simples e as mais apaixonantes também, não
poderia, hoje, deixar de falar-lhe mais de perto, quando ela própria, a lua, se
aproxima do planeta, de nós e, mesmo correndo o risco de parecer um tanto
quanto presunçoso, o que realmente não é o caso, de mim.
Os astrônomos têm uma série de explicações astrofísicas complexas para
o fenômeno que chamam de "lua de perigeu" e que é conhecido também,
mais popularmente, como "super lua". Mas para os que amam a lua, tudo é
muito mais simples, ela apenas quer se aproximar para melhor nos ver, enquanto nós a queremos
mais próxima para admirar sua beleza e para conversar com ela aproveitando-nos da
sabedoria que ela acumulou após tantas idas e vindas, voltas e voltas, crescentes e
minguantes, novas e cheias. Tal qual ela, também vamos e voltamos, andamos de forma
circular, crescemos e minguamos, recomeçamos e atingimos nosso ápice para
novamente recomeçar.
Tantas fases, tantas eus, tantos nós, tantas luas, tantas
dúvidas e apenas a certeza de que o ir e vir, o circular, o crescer e o
minguar, a fonte e o ápice, são sempre "o melhor". Por vezes não entendemos os
pontos soltos que só vêm a fazer sentido quando, olhando para trás, percebemos
que todos esses pontos aparentemente soltos fazem, na verdade, parte de uma trama divina que nos leva a sermos pessoas
melhores quando assim desejamos, quando assim decidimos ser, apesar de por vezes
termos vontade de agirmos à base do "olho por olho, dente por dente".
Como disse Gandhi, se não estou enganado, olho por olho e todos acabaremos
cegos. Aprendamos pois com a divina sabedoria da lua a sermos nós mesmos, pois
o que importa de verdade quando fazemos algo é o "de quem é" e não o
"pra quem é". Integridade não significa estagnação. Integridade tem
muito mais a ver com superação,
aprendizagem, movimento em favor de se tornar o melhor que se pode ser. Como a
lua que ora se aproxima, ora se distancia. Como a lua que ora brilha mais, ora
brilha menos. Como a lua que ora está aqui, ora está acolá. Como a lua que em
sua integridade de movimento, integraliza em nós a sabedoria que nos ajuda a
sermos não super humanos, não é necessário, basta-nos ser, como Nietzsche
dizia, humanos, demasiadamente humanos.
Assim, à aproximação da lua de hoje, sejamos
capazes de aprender, respirando lenta e profundamente, pa-ci-en-te-men-te, com
seu exemplo, a sermos melhores, a nos tornarmos próximos, a brilhar mais,
curiosamente, a sermos mais humanos, humanos melhores, astro-humanos.
Hello dear blogger. Once again, a nice post. And a special one as it invites us to contemplate this beauty tonight. This placid, distant satellite is but a remainder that there is nothing new under it. And for that matter, we should struggle, fight to be better as the journey is short, and soon thete will be no shadow of us all. In spite of that it will stand longer, beatifully placed up there to be contemplated, by generations and generations to come. Let´s bathe in its glow and try and be better, lighter, brighter, luminous. No matter when or how nor to whom. Let Selene teach us to be humans after all. Tonight I will be with eyes fixed on the sun reflecting rock. Guess you will too. Cheers to Selene,and to you, dearest blogger. :)
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